Dando
prioridade a um problema que aumenta na sociedade portuguesa, o Projecto
consolidou, junto de pessoas desempregadas uma intervenção social, baseada no
modelo PEP – Planeamento Estratégico Pessoal. Ao
longo do ano de 2011, a equipa do Gabinete de Empregabilidade, nos seus dois
pólos, Lóios e da Flamenga, acompanhou 217 pessoas, com uma média de entrada de
20 novos casos, por mês. Destas 217 pessoas, 69 (32%) foram integradas no
mercado de trabalho e 19 inseriram-se em respostas de formação (escolar ou
profissional).
Ainda durante o
último ano, realizaram-se 4 acções de formação de desenvolvimento de
competências sociais e pessoais para a empregabilidade que abrangeram 39
pessoas.
Uma
parceria estabelecida com o Departamento de Educação do Centro de Arte Moderna
da Fundação Calouste Gulbenkian permitiu concretizar a iniciativa“Mapas de Mim”onde, através do estudo de obras de arte, se exploraram
caminhos interiores e se fez todo um trabalho de desenvolvimento pessoal. Nesta
iniciativa participaram 12 pessoas.
Apoiar as famílias no seu papel educativo é, também, uma preocupação
central do Espiral. Neste sentido, foi aplicado um Programa de Desenvolvimento
de Competências Parentais dirigido a pais e mães de crianças de 2 anos, com o
objectivo de os/as tornar conscientes da importância do estabelecimento de
regras e limites e, simultaneamente, da importância dos afectos no seu
relacionamento com seus filhos e filhas. Este
programa teve uma duração de 3 meses e nele participaram 25 pessoas, o que
corresponde a 19 famílias.
Foi ainda aplicado um questionário a 24
condomínios já constituídos para se identificar necessidades de apoio a uma
dinamização efectiva e foram organizados duas entradas em Comissão de Lote. 
O envolvimento da comunidade e o fomento da sua participação, de uma
participação consciente e activa, é uma estratégia de empowermentfundamental.
Neste sentido, o Projecto, em forte coordenação com os parceiros locais, muito
particularmente com os que compõem os Grupos Comunitários, promoveu 5 Tertúlias
- conversas abertas, orientadas por temas de interesse, entre pessoas da
comunidade e instituições; 3 iniciativas comunitárias de carácter
lúdico-recreativo que contaram com elementos da população no seu planeamento e
organização.
Finalmente, e numa lógica de capacitação da comunidade, foram realizadas
8 acções de formação dirigidas a profissionais das instituições locais, num
total de 57 pessoas.
Consideramos os resultados que sinteticamente foram apresentados como
positivos, tendo em conta a actual conjuntura económica; o facto de esta ser a
primeira iniciativa de intervenção integrada a acontecer no bairro da Flamenga;
tendo ainda em conta a desconfiança nas instituições, públicas e privadas que
se sente na população.
Para além dos resultados passíveis de quantificação, foi gerada uma
dinâmica – com a população e com as instituições -que carece de continuidade,
uma vez que o tempo é a variável mais importante na mudança de atitudes e
comportamentos.
Neste sentido, consideramos fundamental a continuação da actividade da
equipa.
Avaliado que foi pelos parceiros, o Projecto, na
opinião dos mesmos, revela os seguintes pontos fortes:
- Capacitação da população para a procura de emprego;
- Trabalho (Dinamização da) em parceria;
- Envolvimento das pessoas da comunidade;
- Proximidade com a população;
- Competência, profissionalismo, motivação da equipa.
- Capacitação da população para a procura de emprego;
- Trabalho (Dinamização da) em parceria;
- Envolvimento das pessoas da comunidade;
- Proximidade com a população;
- Competência, profissionalismo, motivação da equipa.
Por outro lado, os parceiros reconhecem que o Projecto produziu efeitos
positivos nos seguintes domínios:
- Envolvimento da população;- Desenvolvimento de uma mentalidade empreendedora;
- Aprofundamento do diagnóstico local;
- Desenvolvimento das parcerias;
- Introdução de novas actividades / respostas em complementaridade com as existentes;
- Melhoria das relações inter-institucionais e inter-pessoais;
- Melhoria da imagem do bairro.
